E se pensar positivamente?

Sabia que cada pensamento envia sinais elétricos a todo o cérebro?

Ensinar-se a si próprio a controlar e a direcionar ideias positivamente é uma das maneiras mais eficazes de se sentir melhor.

Sempre que nos surge uma ideia de zanga, de tristeza ou de desalento, no cérebro inicia-se um processo de libertação química que nos provoca desconforto a nível corporal. Exemplo disso são os “nós na garganta”, a tensão muscular, a alteração do batimento cardíaco ou a transpiração repentina.

Da mesma forma, os pensamentos felizes, de esperança, de bondade, provocam esse mesmo processo de libertação química no cérebro. Mas, desta vez, uma libertação química que nos provoca uma sensação de bem-estar. A respiração torna-se mais serena, os músculos tendem a relaxar, o batimento cardíaco encontra-se mais estável.

Deve, então passar a focar-se exclusivamente nos pensamentos positivos?

Talvez, do ponto de vista meramente neuro-químico, este fosse o caminho a seguir.

Mas, entretanto, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio. É que nem o universo da neurociência é assim tão linear, nem os desafios que encontra no seu quotidiano se coadunam com uma visão sempre tão positiva de tudo.

O que se pretende é antes que ganhe consciência de que pensar positivamente o(a) ajuda. Que ter pensamentos negativos é condição natural do ser humano, mas que estes devem estar ligados a situações específicas e “merecedoras” de tal.

Faz parte do percurso ter estes pensamentos negativos e é preciso “deixá-los entrar”. Mas, é também preciso aprender a “ajuda-los a ir embora” assim que se sinta capaz de o fazer.

A sua saúde também pode depender disso.

Inês Carvalho – Psicóloga Clínica